A cultura negra foi às ruas no último sábado, dia 27. O evento Primavera Negra, promovido pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Cidadania, Desenvolvimento e Assistência Social, atraiu a população, celebrando o início da primavera, cultura afro e o combate ao preconceito.
Nos stands, instalados na praça do coreto, foram distribuídos deliciosos quitutes, típicos da roça, como broa de fubá, biscoitos e pipoca. Além da boa comida as pessoas podiam levar diversas mudas de plantas ornamentais e árvores frutíferas como goiaba, jambo e amoreira.
A festa foi animada pela Banda de Música Municipal Santa Cecília que realizou a abertura do evento. Ao som do berimbau e do atabaque uma roda de capoeira foi formada atraindo curiosos e entusiastas do esporte.
Adriana Trindade de Freitas compareceu ao evento e aproveitou a ocasião para pegar algumas mudas e declarou sua admiração pela cultura afro. “A capoeira, o samba, as cores, tudo nessa cultura é ótimo. Ela transmite muita força pra gente”, disse.
O Diretor de Direitos Humanos, Carlos Bem destacou que além da temática festiva, o evento tem o objetivo de conscientizar a comunidade. “O objetivo do evento é aliar o lançamento da primavera com a temática de igualdade racial. O movimento negro realiza isso no Brasil inteiro. O objetivo é trazer para a discussão a questão do preconceito, principalmente nesse momento em que têm acontecido tantos casos no Brasil, como o está ocorrendo no futebol”, destacou.
“Esse evento é uma forma de inserir na agenda do município as questões de defesa pelos direitos sociais das minorias, neste caso, a questão étnico racial. Quando a gente trás a comunidade negra, durante a primavera, que é uma estação de transformação, a gente pretende trabalhar a transformação das mentes, no sentido de garantir uma sociedade mais inclusiva, onde os fatores de cor, dinheiro e idade, não sejam motivos de segregação,” ressaltou a Secretária de Cidadania, Desenvolvimento e Assistência Social, Merilane Cardoso.
A Coordenadora de Políticas e Igualdade Racial, Vicentina Neves, destacou a alegria de colocar na rua as tradições da cultura negra. “Estamos mostrando que queremos ter um lugar com direitos e deveres dentro da sociedade brasileira e são-joanense. Hoje temos um conselho da consciência negra, e estamos levando adiante e para as escolas, toda a cultura e as tradições da comunidade negra.”
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